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VII SIEPE

Atualizado: 25 de set. de 2020

A sétima edição do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE). O evento, que tem como temática central “Saberes que movem o pampa”, acontece entre os dias 24 e 26 de novembro de 2015 no Campus Alegrete da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). A escolha do tema busca debater os saberes que reúnem conhecimentos locais com o olhar apurado da técnica, reflexão e aplicação acadêmica.

O VII SIEPE conta com a apresentação de trabalhos e a discussão de temas ligados diretamente ao ensino, pesquisa e extensão, constituindo-se em um espaço democrático para a construção do conhecimento.


Confira a seguir alguns dos trabalhos apresentados pelos discentes do Grupo de Pesquisa NEPE² e as respectivas autorias:


Salão de Pesquisa:


  • DESFOLHA EM C.V. PINOTAGE NA REGIÃO DE DOM PEDRITO-RS

Bruna Laís Hamm, Juan Saavedra Del Aguila, Pedro Paulo Parisotto, Angela Pereira Dachi, Jansen Moreira Silveira


Resumo Vários fatores são capazes de influenciar na qualidade de um fruto tais como: condições climáticas, tipos de solos, potencial genético da cultivar e o manejo agronômico como poda seca e poda verde (desfolha). A função da desfolha consta na eliminação de folhas principalmente as localizadas próximas aos cachos para proporcionar arejamento e insolação aos frutos promovendo condições favoráveis a maturação. A exposição dos cachos à radiação solar está relacionada ao maior acúmulo de sólidos solúveis, sendo maiores os teores de açúcar na uva, importante na maturação não somente pela quantidade de álcool que deriva ao vinho mas por servir de origem para outros compostos, como os polifenóis, as antocianinas e aqueles relacionados ao aroma. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho da desfolha em uma propriedade na Região de Dom Pedrito, conduzido em espaldeira e no sentido Leste/Oeste. O trabalho foi realizado pelo grupo de estudo, de pesquisa núcleo estudo extenção e pesquisa em enologia NEPE² da Universidade Federal do Pampa; na safra 2014/2015; sendo que a desfolha da cultivar pinotage realizou-se no estágio fenológico 31, de Eichhorn & Lorenz, grão de ervilha. Os tratamentos foram T1 - Controle T2 - Desfolha ao Norte T3 - Desfolha ao Sul e T4 - Desfolha Sul e Norte. As variáveis resposta foram analisadas pela técnica de espectrometria de infravermelho transformada de fourier (FTIR); as variavéis analisadas no mosto foram: ácido cítrico, ácido glucônico e, ácido tartárico. O ácido tartárico é o principal ácido do vinho, desejável quando há pouca acidez no vinho. Também foram analisadas as variáveis de glicose e frutose fortemente presente nas uvas, e essenciais para a ação das leveduras na transformação em álcool etílico e gás carbônico no vinho. o delineamento utilizado foi o de blocos causualizados com 4 repetições e 20 plantas por parcela, os dados foram analisados pelo teste de FI quando necessário pelo teste de Tuckey a 5% de significância. Os tratamentos T1 e T2 mostraram alto índice de ácido tartárico. A frutose destaca-se em maior teor nos tratamentos T1 e T3 e a glicose nos tratamentos T3 e T4, e os ácidos cítrico e glucônico não apresentaram diferença estatística entre tratamentos. Com isto, prevê-se que os mostos onde a desfolha foi realizada em sentido Sul e Norte, a disponibilidade de nutrientes para as leveduras exercerem suas funções, será mais farto, com isso favorece a iniciação imediata da fermentação alcoólica inibindo a ação de microrganismos indesejáveis ao vinho.


  • QUEBRA DE DORMÊNCIA E SEU EFEITO NO MOSTO DE UVAS 'CABERNET SAUVIGNON' EM DOM PEDRITO-RS

Andressa Silveira Meinerz, Juan Saavedra Del Aguila, Ângela Pereira Dachi, Bruna Lais Hamm, Elisandra Nunes da Silva


Resumo Para o cultiva da videira faz-se uso várias técnicas, uma delas é a quebra de dormência das gemas, para obter uma ótima brotação, portanto o objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a cianamida hidrogenada, extrato de alho e peróxido de hidrogênio (H₂O₂), aplicados em campo, e seu efeito no mosto de uvas Cabernet Sauvignon. O experimento foi realizado pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²), da UNIPAMPA Campus Dom Pedrito, em um vinhedo comercial da Região de Dom Pedrito. Foram realizados 4 tratamentos: T1 controle (água destilada), T2 3% de cianamida hidrogenada, T3 18% de peróxido de hidrogênio e T4 3% de extrato de alho, os tratamentos em campo foram aplicados após a poda de inverno; após a colheita da uva, foi feita a extração do mosto e as análises foram realizadas pela técnica de espectrometria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR), sendo avaliados os sólidos solúveis, pH e acidez total. Os resultados das análises de sólidos solúveis totais, pH e acidez total (meq.L-1) foi semelhante para todos os tratamentos, portanto, estatisticamente, pode-se dizer que não houve diferença no mosto entre os tratamentos.


  • BAGAÇO DE UVA COMO ALTERNATIVA NA DIETA DE RUMINANTES ESTABILIDADE AERÓBICA E PERFIL MICROBIOLÓGICO

Jucele de Oliveira Silveira, Luciane Rumpel Segabinazzi, Fernanda Severo Dall Asta, Mara Francelina Severo Dall Asta, Anelise Afonso Martins, Juan Saavedra Del Aguila


Resumo Com a expansão da atividade vinícola, ha um aumento dos subprodutos gerados, os quais representam um problema ambiental, caso não sejam utilizados de forma racional. Nesse contexto, buscou-se com esse estudo estudar possibilidades de conservação destes resíduos na forma de silagem, sob o aspecto microbiológico. O bagaço de uva da cv. Merlot foi ensilado com milho em grão moído, em diferentes proporções: 0, 10% e 20% da matéria seca (MS). Para tal usou-se minisilos, feitos com canos de PVC. Após 60 dias, estes foram abertos e submetidos à exposição ao ar, para monitoramento diário da temperatura e pH, para verificar a quebra da estabilidade aeróbia. Os resultados microbianos foram expressos em UFC/ml, repicadas para posterior identificação bacteriana e fúngica. Observou-se uma grande quantidade de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) no 1º dia em todos os tratamentos, diminuindo até o 6º dia, bactérias aparecem em maior quantidade, do que os fungos, a quebra da estabilidade aeróbica ocorreu após o 3º dia de abertura dos silos. As características microbiológicas dos subprodutos vinícolas sugerem que estes possuem potencial para serem conservados na forma de ensilagem. No entanto, são necessários estudos complementares para dimensionar os limites da sua utilização em dietas para ruminantes.


  • ETILENO, ÁCIDO SALICÍLICO E 1-METILCICLOPROPENO NA PÓS-COLHEITA DE UVA CABERNET SAUVIGNON(1)

Ângela Pereira Dachi, Juan Saavedra Del Aguila


Resumo Objetivou-se analisar a qualidade do mosto da cultivar Cabernet Sauvignon após aplicação pós-colheita do regulador de crescimento etileno exógeno e de seus inibidores. Os experimentos foram realizados no laboratório de Produção Vegetal da UNIPAMPA Campus Dom Pedrito, com uvas colhidas na região de Dom Pedrito da safra 2014-2015. Após o recebimento dos frutos, as uvas foram separadas em caixas contendo 12 Kg cada, em seguida foram aplicados os seguintes tratamentos por 18 horas a 18ºC: T1 controle; T2 1000 ppb de 1- Metilciclopropeno (1-MCP); T3 100 uM de ácido salicílico; T4 - 1000 ppm de etileno (C2H4), totalizando 4 tratamentos com 3 repetições cada. As análises físico-químicas do mosto foram realizadas com a técnica de espectrometria de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), sendo avaliado: Sólidos solúveis (SS), Densidade, pH, acidez total e, potássio. O tratamento com etileno aumentou significativamente o teor dos SS, o 1-MCP apresentou os maiores valores de pH, a densidade não diferiu, o ácido salicílico apresentou a maior acidez total e o potássio aumento o teor de quase todos os tratamentos com exceção do controle. Mesmo a uva sendo um fruto não-climatérico pode-se utilizar o etileno como uma opção para melhoria no amadurecimento deste fruto.


Salão de Extensão:


  • OS AÇÚCARES DO MOSTO SÃO INFLUENCIADOS PELA ADUBAÇÃO FOSFATADA EM VIDEIRA CHARDONNAY

Jessicka Fernanda Lopes de Camargo Cham, Juan Saavedra Del Aguila, Fabiane Corrêa de Almeida, Laureane Rangel Mathias, Leticia Zigiotto


Resumo O presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um projeto de extensão rural, para solucionar reais problemas em que os viticultores da região de Dom Pedrito-RS passam. A proposta foi realizada pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)-Campus Dom Pedrito, no vinhedo localizado na BR 293 a 7 km na cidade de Dom Pedrito RS. O programa de planejamento foi composto de conversas com o produtor agrícola, reunindo informações, o que tornou possível elaborar um experimento que abrange maneiras de contribuir para elucidação do problema relatado pelo proprietário. A ação de extensão junto ao produtor foi efetuada com um experimento de adubação no vinhedo de Chardonnay com fósforo, devido à observação da deficiência deste nutriente em análises de solo realizada pelo produtor. Este macro nutriente é exigido em pequenas quantidades pela videira quando comparado ao potássio e o nitrogênio. É absorvido principalmente na forma H2PO4-, tendo alta mobilidade na planta, portanto, apresentando deficiência nas folhas mais velhas da videira. Considera-se de modo geral, que o fósforo contribui para o crescimento vegetal, floração e formação de sementes. O delineamento experimental foi feito em DBCA (Desenho de Blocos ao Acaso), composto por quatro blocos com quatro repetições cada. Os tratamentos foram: T1-Controle (ausência de fósforo); T2- 234 g por planta de Fósforo do Produtor (NPK); T3- 139g por planta de Superfosfato Triplo; T4- 243g por planta de Fosfato Natural. Executou-se adubação fazendo abertura de sulcos com cinco centímetros de profundidade nos dois lados da videira, colocando os respectivos tratamentos e finalizando com o fechamento das covas. Com o inicio da brotação realizou-se o acompanhamento quinzenal do desenvolvimento fenológico do vinhedo com auxilio da tabela de estádios fenológicos de Eichhorn & Lorenz. No final do ciclo, a partir dos frutos maduros foram colhidos de cada tratamento duas caixas de uva, totalizando 116,6 Kg. Avaliou-se: Sólidos Solúveis - SS (ºBrix); Graduação Alcóolica e Acidez Total. Realizou-se análise do mosto e posterior vinificação clássica de cada tratamento. As análises do mosto demonstraram que os SS (ºBrix) apresentou uma pequena superioridade nos tratamentos com adubação de fósforo, obtendo uma média de 19,3°Brix, enquanto que o T1 (Controle) apresentou 18,5°Brix. Quanto ao vinho não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos, com relação a graduação alcoólica e acidez. Dessa forma, é possível considerar que o projeto de extensão cumpriu com sua proposta de interação dialógica da comunidade acadêmica com o produtor rural, aproximando o estudante da realidade, logo proporcionando a interdisciplinaridade, unindo diferentes conhecimentos relacionados ao problema do produtor e o experimento realizado. Entretanto é necessário o acompanhando da análise de solo no ano consecutivo para constatar os resultados consequentes da adubação.

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