A décima edição do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE). O evento com o tema “O conhecimento vai além das fronteiras”, que acontecerá entre os dias 06 a 08 de novembro 2018 na Fronteira da Paz (Santana do Livramento e Rivera) um evento idealizado pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Assim como no ano passado, em 2018 o SIEPE será organizado pela Unipampa, IFSul, Universidad de la República e UTEC Universidad Tecnológica - Uruguay. Além das apresentações de trabalhos, o evento contará ainda com o I Fórum Internacional de Instituições de Ensino da Fronteira.
Confira a seguir alguns dos trabalhos apresentados pelos discentes do Grupo de Pesquisa NEPE² e as respectivas autorias:
Salão de Ensino:
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA VEGETAL: UMA ANÁLISE REFERENTE AO APROVEITAMENTO NA COMPONENTE CURRICULAR
Alice Farias Maia, Joélio Farias Maia, Aline Farias Maia, Juan Saavedra Del Aguila
Resumo O presente trabalho foi desenvolvido através da Monitória de Morfologia e Fisiologia Vegetal do Curso de Bacharelado em Enologia, oferecida pelo Programa de Desenvolvimento Acadêmico (PDA) do presente ano, dentro da modalidade de Ensino-Monitoria. O estudo em questão refere-se a uma análise nos dados referentes ao monitoramento do desempenho acadêmico dos discentes numa disciplina obrigatória do Curso de Bacharelado em Enologia, para isso, os dados foram coletados e tabulados através de três dimensões, respectivamente: Primeira dimensão: Aprovação com nota; Segunda dimensão: Reprovação com nota; e Terceira dimensão: Reprovação por infrequência. Portanto, buscou-se analisar os índices de aprovações e reprovações da componente curricular Morfologia e Fisiologia Vegetal. Assim preliminarmente, os resultados obtidos na análise mostram que no período em que aconteceram os eventos na área de Viticultura e Enologia, assim como uma visita técnica (que aconteceram nos anos de 2014, 2017 e 2018), obteve-se um aumento na porcentagem de discentes aprovados na componente curricular, quando comparados com os anos em que os discentes não participaram de eventos na área (2013, 2015 e 2016). Portanto, isso torna possível ver que o contato com a futura profissão motiva os discentes a estudar e consequentemente aprovar a disciplina deste estudo, assim mesmo, a divisão em turmas menores, pode também ajudar a obter maior aprovação dos discentes dentro da disciplina de Morfologia e Fisiologia Vegetal.
Salão de Pesquisa:
ADUBAÇÃO FOLIAR DA CULTIVAR TANNAT
Viviam Gloria Oliveira, Tainá Berger dos Santos, Aline Farias Maia, Alice Farias Maia, Juan Saavedra Del Aguila
Resumo Dentro dos adubos foliares disponíveis atualmente no mercado, se tem o produto comercial Biozyme®, o qual possui na sua composição alguns macro e micronutrientes combinados com extratos vegetais hidrolizados, podendo proporcionar uma melhoria em diversos processos metabólicos e fisiológicos na planta como, a síntese de clorofila. Neste sentido, objetivou-se testar o adubo foliar Biozyme® na cultivar Tannat. O presente trabalho foi conduzido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) do Curso de Enologia, em uma propriedade privada na região da Campanha Gaúcha, localizado na BR 293 à altura do km 241, na cultivar Tannat, enxertadas sobre a SO4, de 4 anos de idade, conduzidos no sistema guyot duplo, no município de Dom Pedrito no Rio Grande do Sul (RS). Os tratamentos aplicados após a anteses (plena floração) da cultivar foram: T1= Uma aplicação de água destilada; T2= Uma aplicação do adubo foliar somente no cacho na doses recomendada (500 mL/ha); T3= Duas aplicações quinzenais na videira inteira, na doses recomendada (500 mL/ha) e; T4= Quatro aplicações na videira inteira, na doses recomendada (500 mL/ha). O experimento constou com 4 tratamentos, com 2 repetições com 7 mudas por repetição, totalizando 14 videiras, e 56 videiras para todo o experimento. No momento da colheita da cultivar, avaliou-se o teor de clorofila total nas folhas, de forma não destrutiva, utilizando o ClorofiLOG Digital FALKER® modelo CFL1030. Nas condições do presente experimento, conclui-se que com relação ao teor de clorofila total das folhas, estes não apresentaram diferenças entre si. Agradecimentos: Ao viticultor, Sr. Adair Camponogara. À empresa Citropack pelo fornecimento das redes contra-ataque de pássaros.
Salão de Extensão:
CONTROLE DE PASSÁROS COM REDE EM VINHEDO
Alice Farias Maia, Aline Farias Maia, Nádia Vianna, Viviam Glória de Oliveira, Vagner Brasil Costa, Juan Saavedra Del Aguila
Resumo O presente estudo refere-se a um experimento de extensão desenvolvido através do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia NEPE² na safra de 2017 em um Vinhedo Comercial no município de Dom Pedrito-Rio Grande do Sul (RS). O qual teve por finalidade verificar a importância e eficiência do uso de telas de proteção contra os pássaros frugívoros, quanto à produção de uvas sem ataque de pássaros, testando em áreas que mais sofrem ataques em vinhedo comercial, no município de Dom Pedrito, RS, Brasil. Os pássaros são responsáveis por ataques na produção de várias culturas, causando prejuízo econômico ao produtor. Para isso, o experimento foi realizado na cultivar Merlot (Vitis vinifera L.), enxertada no porta-enxerto SO4, conduzido em cordão esporonado com dois braços, de 12 anos de idade, onde comparou-se a quantidade de produção das plantas com o uso da tela e das plantas sem o uso da tela, representadas por T1= (sem o uso da tela de proteção) e, T2 = (com uso da tela de proteção). Foi possível verificar que com a utilização da rede de proteção contra ao ataque dos pássaros, obteve-se 15% a mais de frutos colhidos, uma vez que, o T1 (sem tela) produziu 304 Kg de uva, já o T2 (com tela) obteve 349 Kg de uva, portanto pode-se observar que o uso das redes ajudou a reduzir as perdas de uva por ataque de pássaros, mas sugerem-se mais estudos sobre comportamento e controle de pássaros na Campanha Gaúcha.
ALGUNS MÉTODOS DE COMBATE A PÁSSAROS FRUGÍVOROS NOS VINHEDOS DA REGIÃO DE DOM PEDRITO (RS)
Luciana Soares, Alexandra Vigil Nunes, Juan Saavedra Del Aguila
Resumo O RS é responsável por 90% da produção nacional de uvas para processamento de vinhos, espumantes e sucos de uvas, com mais de 600 mil toneladas de uva na safra de 2018. Neste Estado, exatamente no paralelo 31° Sul, encontra-se a Campanha Gaúcha, numa latitude considerada mais apropriada para o cultivo da Videira. Esta Região do RS, atualmente é responsável por 35% das uvas viníferas cultivadas e 25% dos vinhos finos produzidos no Brasil. As características edafoclimáticas da região da Campanha favorecem a produção de uvas de qualidade para produção de vinhos finos. Todavia os viticultores vêm enfrentando diversos problemas, um deles é o dano às bagas e/ou cachos pelos pássaros. O ataque de pássaros em uvas pode causar em média de 25% a 60% de perdas diretas ou de valor comercial do cacho. Neste sentido, a ocorrência de danos causados por pássaros frugívoros na região de Dom Pedrito - RS vem provocando uma série de prejuízos aos produtores nas últimas safras. Pelo qual, o presente trabalho de Extensão teve como objetivo relatar técnicas e métodos para minimizar o ataque dos pássaros que estão sendo utilizados por alguns viticultores da Região. Os pássaros normalmente encontrados na Campanha Gaúcha são às pombas, pardais e caturras. Para controlar estes pássaros, existem alguns métodos sendo utilizados, como bandeiras e, detonador a gás; este último sistema, consiste de um sistema eletrônico e timer, esse detonador tem um botijão de gás acoplado a uma bateria 12 volts onde libera o gás logo uma faísca e assim estourando a cada intervalo de tempo previamente estabelecido. Também como método de controle dos pássaros, se usa a plantação de sorgo, onde a melhor época do plantio é no final de setembro granando em dezembro e assim virando alimento para esses pássaros; entretanto infelizmente garantem apenas resultados imediatos e de curto prazo, já que os pássaros acabam voltando aos vinhedos e acostumando-se com tais procedimentos. Pelo exposto, fazem-se necessárias mais pesquisas na tentativa de solucionar esta problemática.
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