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XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia

Atualizado: 25 de set. de 2020


O maior evento de enologia da América Latina, composto pelo ‘XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia’ e o ‘XIII Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia’, corre durante quatro dias, com palestras nacionais e internacionais voltadas à cadeia produtiva da uva e do vinho, será realizado entre os dias 3 a 7 de novembro de 2015, em Bento Gonçalves – RS. A programação aborda a mecanização na viticultura, identidade vitícola como fator de competitividade e inovações em diversas áreas, como uva de mesa e enologia, entre outros temas. O último é dedicado a visitas técnicas, enriquecendo a experiência dos participantes.


O Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia – CLAVE

Tem como objetivo atender às demandas de discussão e atualização técnica em um momento onde o potencial de produção de uvas e seus derivados e a competitividade das cadeias produtivas estão em constante crescimento. Com uma periodicidade bienal, o evento é realizado de forma itinerante entre Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Bolívia. O Brasil sediou duas edições do congresso, ambas em Bento Gonçalves. O público-alvo são produtores, técnicos, sommeliers, estudantes, lideranças setoriais e políticas, empresários e apreciadores de vinhos.


O Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia – CBVE

É um evento que serve como instrumento de desenvolvimento científico e tecnológico da vitivinicultura brasileira para projetá-la no cenário nacional e internacional. Os assuntos apresentados no congresso vêm acompanhando a evolução da vitivinicultura mundial, com tópicos atuais para discussão no âmbito nacional, abordando uvas para processamento e mesa, vinhos tranquilos, espumantes e outros produtos. O CBVE é, atualmente, o principal fórum brasileiro de discussão de temas relevantes para a vitivinicultura e tem sido um importante espaço de interação entre técnicos, produtores, empreendedores, imprensa e outros interlocutores da cadeia vitivinícola. O Evento é promovido pela Embrapa Uva e Vinho desde 1984, e em parceria com a ABE desde 2005.


Confira a seguir alguns dos trabalhos apresentados pelos discentes do Grupo de Pesquisa NEPE² e as respectivas autorias:


Fisiologia:

  • Quebra de dormência em videiras ‘Cabernet Sauvignon’ e seu efeito no vinho

(Breaking dormancy in ‘Cabernet Sauvignon’ and its effect on wine)

Meinerz, A. S.¹ , Dachi, A. P.¹ , Cham, J. F. L. C.¹, Mathias, L. R.¹, Triches, W. S.¹, Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


Em algumas regiões do Brasil faz-se uso da cianamida hidrogenada (Dormex®) para quebra de dormência das gemas, porém este produto químico é altamente tóxico. Objetivou-se avaliar no mosto e no vinho o efeito da aplicação de cianamida hidrogenada, peróxido de hidrogênio (H2O2 ) e extrato de alho para quebra de dormência da uva ‘Cabernet Sauvignon’ na região de Dom Pedrito, RS. O experimento foi realizado pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia / XIII Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia 199 Extensão em Enologia (Nepe²), da Unipampa - Campus Dom Pedrito, em vinhedo comercial de ‘Cabernet Sauvignon’ em portaenxerto ‘SO4’ de 10 anos de idade; imediatamente após a poda de inverno, aplicou-se os seguintes tratamentos: T1 - controle (água destilada), T2 - 3% de cianamida hidrogenada, T3 - 18% de peróxido de hidrogênio e, T4 - 3% de extrato de alho; cada tratamento constou de 3 repetições e cada repetição foi de 5 plantas. Imediatamente após a colheita, as microvinificações foram realizadas na vinícola experimental da UNIPAMPA, seguindo padrões clássicos de vinificação de vinho tinto; utilizando a técnica de espectrometria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR), avaliou-se no mosto, após a fermentação alcoólica e malolática: os sólidos solúveis totais - SS (°Brix), teor alcoólico, pH e acidez total - AT. De acordo com os resultados das análises obtidas no mosto e durante a vinificação, observou-se que não houve diferença química no mosto entre os tratamentos, os SS foram similares para todos os tratamentos, com média de 20,8°Brix; o pH e a acidez, apresentaram uma média de 3,38 e 64,3 meq.L-1 , respectivamente. Após a fermentação malolática também não houve diferença entre os tratamentos, o volume alcoólico do vinho manteve-se em torno dos 12° v/v, o pH apresentou um leve aumento, média de 3,69, e acidez total com média de 81,25 meq.L-1 . Como conclusão pode-se dizer que independente dos tratamentos, ou seja, fazendo uso ou não de produtos para quebra de dormência, quimicamente, não houve diferença entre os vinhos elaborados.

Apoio: Viticultor, Sr. Adair Camponogara


  • Fisiologia de videiras ‘Chardonnay’ tratadas ou não com Trichoderma spp. e cobertura no solo

(Physiology of ‘Chardonnay’ vines treated or not with Trichoderma spp. and soil covering)

Tuon Filho, L.¹ ; Zigiotto, L.¹ ; Parisoto, P. P.¹ ; Silva, E. N.¹; Prado, F. M. O. C.¹ ; Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


O objetivo do presente experimento foi estudar o efeito da cobertura de solo (casca de arroz) e do Trichoderma spp. também no solo, sobre a altura de planta e clorofila total no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo de videiras ‘Chardonnay’ enxertadas sobre dois porta-enxertos (‘Paulsen 1103’ e ‘SO4’), na região de Dom Pedrito, RS. O trabalho foi executado no vinhedo experimental da UNIPAMPA, Campus Dom Pedrito, pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²). Os tratamentos foram: T1 - controle (solo descoberto com capina manual); T2 - cobertura de solo com casca de arroz; T3 - solo descoberto com capina manual e Trichoderma spp. no solo (0,8% Trichodel® solo) e; T4 - cobertura de solo com casca de arroz e Trichoderma spp. no solo (0,8% Trichodel® Solo). Aplicou-se os tratamentos em três oportunidades. Avaliou-se: altura de planta (cm) e, colorofila total (clorofiLOG FALKER modelo CFL1030). O delineamento experimental foi de blocos completamente ao acaso, com esquema fatorial 4 x 2 (tratamentos x porta-enxertos), com quatro repetições por tratamento e, 3 plantas por repetição. Quanto à altura de planta, as videiras do T2 (cobertura de solo com casca de arroz) em ambos os porta-enxertos, obtiveram aumentos médios significativos em relação aos demais tratamentos, e quanto ao teor de clorofila total, não obteve diferença significativa em nível de 5% de variância. Conclui-se que a cobertura de solo (cascas de arroz) intensifica o desenvolvimento de videiras ‘Chardonnay’ na região da Campanha Gaúcha.

Apoio: ECCB insumos biológicos


  • Fisiologia da videira ‘Sultanina’ tratada ou não com casca de arroz e Bacillus spp.

(Fisiology of ‘Suntanina’ vine treated or not with rice husk and Bacillus spp.)

Zigiotto, L.¹ , Silva, E. N.¹ , Parisoto, P. P.¹ , Prado, F. M. O. C.¹ , Heiffig-del Aguila, L. S.² , Saavedra del Aguila, J.¹

¹ Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil.

² Embrapa Clima Temperado. Cep 96010-971, Pelotas, RS, Brasil.

E-mail: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


A cv. Sultanina originária da Ásia Menor (Iram, antiga Pérsia) é uma variedade de importância comercial devido a sua alta produção, bagas sem sementes e vários destinos a seus frutos. O microorganismo Bacillusspp. é uma bactéria comum ao solo e contribui para a disponibilização de nutrientes para a planta; no controle biológico o gênero Bacillus ssp. tem alto potencial de controle de nematoides fitoparasitas, protegendo o sistema radicular da planta, também propicia a transformação de matéria orgânica para a raiz. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da aplicação de Bacillus spp. e a cobertura do solo com casca de arroz, na altura de planta e clorofila total da variedade Sultanina. O experimento foi conduzido no vinhedo da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA,Campus Dom Pedrito, pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²). No primeiro ano de desenvolvimento das plantas, aplicou-se em três vezes os seguintes tratamentos: T1 - solo descoberto com capina manual (controle); T2 - cobertura de solo com casca de arroz; T3 - solo descoberto com capina manual + Bacillus ssp. no solo (0,8% Nemathel®) e; T4 - cobertura de solo com casca de arroz + Bacillus ssp. no solo (0,8% Nemathel®). Avaliou-se: altura de planta (cm) e, clorofila total (clorofiLOG FALKER modelo CFL1030). O delineamento foi de blocos completamente ao acaso, com 4 repetições por tratamento e 3 plantas por repetição. Para ambas as variáveis respostas testadas, altura de planta e clorofila total, não se encontraram diferenças significativas entre os tratamentos ao longo de todo o tempo de avaliação. Preliminarmente conclui-se que a aplicação ou não de Bacillus ssp. no solo e a cobertura do solo com casca de arroz, não afetaram o crescimento e a clorofila total das videiras ‘Sultanina’, no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo na região de Dom Pedrito, RS.

Apoio: ECCB insumos biológicos


  • Crescimento e fisiologia da videira ‘BRS Lorena’ tratadas ou não com cobertura de solo e aplicação foliar de Trichoderma spp.

(Growth and physiology the vine ‘BRS Lorena’ treated or not with coverage of soil and foliar application of Trichoderma spp.)

Silva, E. N.¹ , Zigiotto, L.¹ , Parisoto, P. P.¹ , Tuon Filho, L.¹ , Prado, F. M. O. C.¹ , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


A cobertura do solo tem sido utilizada com o intuito de reduzir a desagregação do solo, incidência de plantas daninhas, além de contribuir para manutenção da temperatura e umidade do solo em níveis adequados para o desenvolvimento das plantas, permitindo uma melhor relação C/N e reduzir a lixiviação dos nutrientes e a compactação do solo. Por outro lado, Trichoderma spp. são fungos que desencadeiam um processo que limita o crescimento e atividade de fungos patogênicos de plantas. O seguinte trabalho teve como objetivo a avaliação no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo da variedade BRS Lorena, da cobertura do solo com casca de arroz assim como a ação da aplicação foliar de Trichoderma ssp. O experimento foi realizado no Vinhedo Experimental da UNIPAMPA, Campus Dom Pedrito, pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²); aplicou-se em três oportunidades os seguintes tratamentos: T1 - controle (solo descoberto mediante capina manual), T2 - cobertura do solo com casca de arroz, T3 - solo descoberto e aplicação foliar de Trichoderma ssp. (0,4% Trichodel® aéreo) e, T4 - cobertura do solo com casca de arroz e aplicação foliar de Trichoderma ssp. (0,4% Trichodel® aéreo). Avaliou-se: altura da planta (cm) e clorofila total (clorofiLOG FALKER modelo CFL1030). O delineamento experimental foi de blocos completamente ao acaso, com 4 repetições e 3 plantas por repetição, totalizando 12 plantas por tratamento. Quanto à altura das plantas, as videiras dos tratamentos T3 e T4 obtiveram aumentos significativos desta variável resposta em comparação das videiras dos tratamentos T1 e T2; quanto o teor de clorofila total, não se obteve diferença significativa a 5% de significância. Conclui-se que a aplicação de Trichoderma ssp. pode melhorar o crescimento da videira ‘BRS Lorena’ na região de Dom Pedrito, RS, principalmente se for em associado com cobertura de solo (casca de arroz). Apoio: ECCB insumos biológicos


  • Crescimento e clorofila total de videiras ‘Moscato Giallo’ com ou sem cobertura de solo e Bacillus subtilis

(Growth and total chlorophyll vines ‘Moscato Giallo’ with or without ground cover and Bacillus subtilis)

Parisoto, P. P.¹ , Zigiotto, L.¹ , Silva, E. N.¹ , Prado, F. M. O.¹ , Tuon Filho, L.¹ , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


O Bacillus sp. é uma bactéria gram-positiva comum no solo, nas plantas e na água, no caso específico da Bacillus subtilis, a forma de ação se dá na inibição do desenvolvimento dos fungos patogênicos. Nas condições tropicais e subtropicais que o Brasil apresenta, a cobertura de solo teria que ser Lei Federal, devido principalmente à erosão do solo por chuva. Objetivou-se avaliar os efeitos da cobertura de solo (casca de arroz) e da aplicação foliar de Bacillus subtilis, na altura e clorofila total de videiras ‘Moscato Giallo’ sobre os porta-enxertos ‘K5BB’ e ‘Schwartzmann’, no primeiro ano de desenvolvimento em Dom Pedrito, RS. O trabalho foi realizado pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²), no Vinhedo Experimental da UNIPAMPA, Campus Dom Pedrito. Por três oportunidades se aplicaram os seguintes tratamentos: T1 - sem cobertura de solo (controle), T2 - cobertura de solo com casca de arroz, T3 - sem cobertura de solo + aplicação de Bacillus subtilis (0,4% Bactel®) e, T4 - cobertura de solo com casca de arroz + Bacillus subtilis (0,4% Bactel®). Avaliouse: altura de planta (cm) e clorofila total (cloroFILOG Falker CFL1030). O delineamento experimental foi o de blocos completamente ao caso, num esquema fatorial de 4 x 2 (tratamentos x porta-enxertos), com 4 repetições por tratamento, e 5 plantas por repetição. Na altura das plantas, no caso do portaenxerto ‘K5BB’, as videiras do tratamento do T3 tiveram um aumento significativo em comparação das alturas das plantas dos demais tratamentos, já para o porta-enxerto ‘Schwartzmann’, as alturas das plantas não apresentaram diferenças entre elas. No porta-enxerto ‘K5BB’, as videiras do tratamento T1 tiveram uma maior quantidade de clorofila total, seguido pelas videiras dos tratamentos T3, T2 e T4; no porta-enxerto ‘Schwartzmann’, os tratamentos T1 e T2, tiveram um aumento da quantidade de clorofila total, seguido pelos tratamentos T3 e T4 que não tiveram nenhum aumento na quantidade de clorofila total.

Apoio: ECCB insumos biológicos


  • Aplicação pré-colheita de ácido giberélico em videira ‘Cabernet Sauvignon’

(Pre-harvest gibberellic acid application in 'Cabernet Sauvignon' vine)

Mathias, L. R.¹ , Dachi, A. P.¹ , Hamm, B. L.¹ , Cham, J. F. L. C.¹ , Almeida, F. C.¹ , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


O presente trabalho buscou adiar o período de colheita de uvas da ‘Cabernet Sauvignon’ mediante aplicação em pré-colheita de ácido giberélico (AG3). O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito, em vinhedo comercial ‘Cabernet Sauvignon’ sobre porta-enxerto ‘SO4’ de 15 anos, na cidade de Dom Pedrito, RS. Na fase pré-colheita foram realizadas três aplicações de AG3; os tratamentos foram: T1= Controle (água destilada); T2= AG3 nos cachos (0,5 g L-1 ) e; T3= AG3 na planta inteira (0,5 g L-1 ). O mosto foi coletado e analisado através da técnica de espectrômetria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR). Avaliou-se: Sólidos solúveis (°Brix), ácido glucônico (g L-1 ), acidez total (g L-1 ), teores de amônia e potássio (mg L-1 ). Os sólidos solúveis foram superiores no T1 (25,13°Brix), já os tratamentos com AG3 (T2 e T3), apresentaram 23,46 e 18,43°Brix, respectivamente, sendo os tratamentos T1 e T2 estatisticamente iguais e o T3 significativamente inferior aos tratamentos T1 e T2. Na acidez total, o T3 teve uma maior acidez (1,8 g L-1 ), seguida pelos tratamentos T2 e T1 (1,31 e 1,18 g L-1 ), sendo os tratamentos T1 e T2 estatisticamente iguais e o T3 significativamente superior a estes tratamentos, comprovando que os tratamentos com AG3 tiveram seu período de maturação retrasado. Para amônia os tratamentos apresentaram diferenças estatísticas entre eles, o T3 (23 mg L-1 ) foi maior, seguido pelos T2 e T1 (10,5 e 3,5 mg L-1 ). Para o potássio, o T1 apresentou maior concentração (1.095,66 mg L-1 ), seguido pelos tratamentos T2 e T3 (984,16 e 769,16 mg L1 ), sendo os tratamentos T1 e T2 estatisticamente iguais e o T3 significativamente inferior aos anteriores tratamentos. Também se observou diferenças estatísticas entre todos os tratamentos no ácido glucônico, se obteve valores nos tratamentos T2 e T3 de 0,96 e 0,48 g L-1 , já o tratamento T1 teve 1,66 g L-1 ; conhece-se que a presença de ácido glucônico é considerado um indicador de podridão da uva quando apresenta teores acima de 1,5 g L-1 ; o que significa que o AG3 proporcionou uma certa tolerância ao ataque fúngico. Preliminarmente conclui-se que a utilização de AG3 pode atrasar o período de maturação, além de conferir uma melhor absorção de amônia e menor absorção de potássio, resultando em mostos com maior acidez, pretende-se repetir este experimento por mais dois anos, na intenção de dar maior consistência aos resultados obtidos.

Apoio: Viticultor, Sr. Adair Camponogara


  • Altura de planta e clorofila total em videira ‘Merlot’ tratadas ou não com cobertura de solo e Paecilomyces sp.

(Plant height and chlorophyll total in grape ‘Merlot’ treated or not with soil coverage and Paecilomyces sp.)

Prado, F. M. O. C.¹, Parisoto, P. P.¹, Silva, E. N.¹, Zigiotto, L.¹, Silveira, J. M.1 , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


Sabe-se que existem diversos problemas fitossanitários em viticultura por ataques de fungos, vírus, bactérias, nematóides e cochonilhas sendo que são utilizados de diversos recursos para combate e prevenção dos mesmos. Um método utilizado com intuito de diminuição de impacto ambiental é a utilização de produtos biológicos que age combatendo micro-organismos com outros micro-organismos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da cobertura do solo ou não e da aplicação no solo do fungo Paecilomyces sp., na altura e clorofila total de videiras ‘Merlot’ durante o seu primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo, na região de Dom Pedrito, RS. O experimento a campo foi realizado no vinhedo experimental da UNIPAMPA, pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²); no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo da variedade ‘Merlot’ - Clone R18/Porta-Enxerto ‘161.49’. Os tratamentos foram executados 3 vezes nas plantas, e estes foram: T1 - controle (solo descoberto com capina manual), T2 - cobertura do solo com casca de Arroz, T3 - solo descoberto com capina manual + aplicação no solo de Paecilomyces sp. (0,3% Nemathel®) e T4 - cobertura de solo com casca de arroz + aplicação no solo de Paecilomyces sp. (0,3% Nemathel®). Avaliou-se: altura de planta (cm) e clorofila total (clorofiLOG FALKER modelo CFL1030). O delineamento experimental foi o de blocos completamente ao acaso, com 4 repetições por tratamento e 3 plantas por repetição. Analisando os dados observa-se que com respeito à variável resposta altura de plantas, os tratamentos não apresentaram diferenças significativas entre elas ao longo do experimento; por outro lado, a variável clorofila total, apresentou diferenças significativas na última avaliação, sendo que, o tratamento controle (T1), foi significativamente inferior aos demais tratamentos. Preliminarmente conclui-se que cobertura do solo traz benefícios no teor de clorofila total de videiras ‘Merlot’.

Apoio: ECCB insumos biológicos


Fitotecnia:

  • Rendimento das videiras e qualidade do mosto e do vinho da ‘Moscato Giallo’ na região de Piratini RS sobre Poda Guyot Duplo e Quádruplo

(Income vines and wine quality and wine ‘Moscato Giallo’ in the Piratini, RS region on Pruning Guyot double and quadruple)

Cham, J. F. L. C.¹ , Cunha, W. M.¹ , Almeida, F. C.¹ , Eckhardt, D. P.¹ , Gabbardo, M.¹ , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


Um vinho sem defeitos começa a ser elaborado no vinhedo, com a escolha correta das diferentes tecnologias a serem aplicadas nas videiras, neste sentido, existem vários fatores que podem influenciar a qualidade de um vinho, dentre eles a poda e o sistema de condução, estes fatores podem afetar significativamente o desenvolvimento vegetativo e produtivo do vinhedo, pois interfere na disposição espacial das folhas e racimos, modificando seu microclima, o que incide sobre a fisiologia da planta e condiciona sua produção e qualidade da mesma. Dentro deste contexto o presente trabalho objetivou avaliar qual a poda mais adequada e que proporcionaria melhor equilíbrio entre produção e qualidade para a variedade Moscato Giallo, na região da Serra do Sudeste, na cidade de Piratini, RS. O experimento foi conduzido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito. Os tratamentos foram: T1 - Poda Guyot Duplo e; T2 - Poda Guyot Quádruplo. Após a colheita avaliou-se em campo a produção dos frutos de cada tratamento; e na vinícola experimental, avaliou-se o mosto e o vinho, sendo que a microvinificação foi clássica com uso de baixas temperaturas (15°C). As analises físico-químicas foram: sólidos solúveis totais (SS), expresso em°Brix, pH e Etanol (°GL); para estas avaliações utilizou-se o método de espectrometria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR). O delineamento experimental realizado foi em blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições cada tratamento e, cada repetição constou de quatro plantas. O mosto das videiras do T1 (Guyot Duplo) foram significativamente maiores nos teores de SS (17,5°Brix), consequentemente no vinho deste tratamento se obtiveram maior grau alcoólico (9,7°GL); em comparação com o mosto e vinho do T2 (Guyot Quádruplo) (14,7°Brix e 7,9°GL). Quanto ao pH, os frutos do T1 (Guyot Duplo), variou entre 3,3 e 3,4 e; os frutos do T2 (Guyot Quádruplo) entre 3,0 e 3,3. Em vista dos resultados analisados, é possível considerar que a Poda Guyot Duplo obtiveram melhor expressão nos parâmetros de referência para a qualidade de um vinho da ‘Moscato Giallo’. Apoio: Vinícola Dom Basílio, do Viticultor, Sr. Cezar Eduardo Lindenmeyer


  • Quantificação de perdas de colheita manual de quatro cultivares viníferas num vinhedo comercial na Região da Campanha Gaúcha do RS, Brasil

(Quantification of manual harvest losses four vinifera cultivars in a commercial vineyard in Gaucho Campaign region of RS, Brazil)

Silveira, M. J¹., Domingues, F.², Costa Neto, W. V.¹ , Saavedra del Aguila, J. ¹

¹ Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil.

Email: juanaguila@unipampa.edu.br.

² Engenheiro Agrônomo - Almadén (Miolo Wine Group)


Resumo


Nos últimos anos a vitivinicultura brasileira vem ganhando destaque no cenário mundial com a implantação de vinhedos em regiões e climas diversos, tendo como resultado frutos das mais variadas características físico químicas. Nesta diversidade de produção, há um dado em comum, o sistema de colheita empregado, no qual a colheita manual ainda é o mais adotado neste país continental. Diferente da colheita mecanizada, a relação humana é importante para o corte dos racimos, pois haverá cachos não recolhidos ou desprezados, o que pode levar à conclusão de que se trata de desatenção ou metas impostas à equipe de trabalho. Assim, este trabalho teve por objetivo quantificar as uvas não recolhidas da videira, conduzidas em espaldeira, para as variedades Tannat, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Merlot, durante a safra de 2015 numa propriedade localizada na região da Campanha do Rio Grande do Sul. Os tratamentos foram as 4 variedades e as variáveis respostas foram: produtividade (kg ha-1 ), perda por uvas deixadas na planta (kg ha-1 ) e, perdas por podridões (kg ha-1 ). O delineamento experimental foi o de blocos completamente ao acaso, com 7 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por um hectare da variedade estudada. A produtividade das cultivares Tannat e Sauvignon Blanc (7.278,29 e 5645,00 kg ha-1 , respectivamente), foram significativamente superiores às produtividades das cultivares Merlot e Cabernet Suvignon (2.920,00 e 3.198,57 kg ha-1 , respectivamente). As perdas por frutos que ficaram nas plantas, foram significativamente superiores na cultivar Sauvignon Blanc (178,42 kg ha-1 ), em comparação às demais cultivares. Já, a cultivar Tannat, apresentou de forma significativa a menor perda por podridões (3,04 kg ha-1 ).

Apoio: Almadén - Miolo Wine Group e CNPq


  • Produção e qualidade de videira ‘Trebbiano’ sobre diferentes podas

(Production and quality vine ‘Trebbiano’ on different pruning)

Fernandes, E. N.¹, De Almeida, F. C.¹, Cunha, W. M.¹, Triches, W. S.¹, Gabbardo, M.¹, Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000. Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


Foram testados diferentes tipos de poda com a cv. Trebbiano (Vitis vinifera L.) de 8 anos enxertada sobre ‘Paulsen 1103’, com o objetivo de avaliar o efeito destas podas (cordão esporonado ou guyot duplo) sobre a produção desta cultivar e qualidade do mosto da mesma. O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito, no Vinhedo Don Basílio, localizado na cidade de Piratini, RS. Os tratamentos foram: T1 - cordão esporonado (esporões com duas gemas); T2 - guyot duplo (esporões e varas). Avaliou-se em campo e em laboratório: número de cachos e massa por planta e, sólidos solúveis totais - SS (°Brix), acidez total - AT (meq. L-1 ) e pH. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições para cada tratamento, cada repetição constou de 4 plantas. Realizou-se análises de variância nos dados e, quando foi necessário, se realizou o teste de comparação de médias de Tukey a 5% de significância. Em relação ao número e massa de cachos por plantas notou-se que a poda em guyot duplo apresentou-se significativamente superior à poda em cordão esporonado. Na avaliação do mosto, os SS do T1 (cordão esporonado) foram significativamente superiores aos SS do T2 (guyot duplo), obtendo em média 1°Brix a mais. A AT e o pH não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Conclui-se que a poda em Guyot Duplo proporciona uma maior produção (número de cachos e massa por planta), mas essa maior produção influenciou na diminuição da concentração de açúcares nas uvas ‘Trebbiano’.

Apoio: Viticultores, Sr. Cezar Eduardo Lindenmeyer e Sra. Suzane Bittencourt


  • O efeito da desfolha na ‘Pinotage’ na região da Campanha

(The effect of defoliation in ‘Pinotage’ in the Campaign area)

Hamm, B. L.¹, Dachi, A. P.¹, Fernandes, E. N.¹, Parisoto, P. P.¹, Silveira, J. M.¹, Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


A função da desfolha consta na eliminação de folhas principalmente as localizadas próximas aos cachos para proporcionar arejamento e insolação aos frutos promovendo condições favoráveis à maturação. A exposição dos cachos à radiação solar está relacionada ao maior acúmulo de sólidos solúveis, sendo maiores os teores de açúcar na uva, importante na maturação não somente pela quantidade de álcool que deriva ao vinho, mas por servir de origem para outros compostos, como os polifenóis, as antocianinas e aqueles relacionados ao aroma. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da desfolha na ‘Pinotage’, sobre o mosto e vinho, numa propriedade na Região de Dom Pedrito (Campanha Gaúcha), onde o sistema de condução em espaldeira está em sentido Leste/Oeste. O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito, em vinhedo comercial de ‘Pinotage’, em Dom Pedrito, RS, na safra 2014/2015. Os tratamentos foram executados no estado fenológico de ‘grão de ervilha’, sendo os seguinte: T1 - sem desfolha (controle); T2 - desfolha no sentido Norte; T3 - desfolha no sentido Sul e; T4 - desfolha nos sentidos Sul e Norte. Pela técnica de espectrometria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR), avaliou-se no mosto: ph, sólidos solúveis totais - SS (°Brix), glucose e frutose e no vinho, o etanol. O delineamento experimental foi o de blocos completamente ao acaso, com 4 repetições e 5 plantas por repetição. Os resultados mostraram que os tratamentos com desfolha apresentam mostos com pH significativamente mais altos. E também que quanto maior a exposição dos cachos ao sol como nos tratamentos de desfolha sul obteve-se a maior quantidade de etanol. Conclui-se que a prática da desfolha em vinhedos da região da Campanha melhora a qualidade das uvas.

Apoio: Viticultor, Adair Camponogara


  • Guyot duplo e Royat em videira ‘Alicante Bouschet’

(Guyot double and Royat in vine ‘Alicante Bouschet’)

Dachi, Â. P.¹, Mathias, L. R.¹, Rosso, I. C.¹, Sampaio, N. V.¹, Gabbardo, M.¹, Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS. E-mail: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


Na escolha do sistema de poda a ser utilizado em um vinhedo considera-se principalmente fatores como a cultivar, o portaenxerto, as características do solo e do clima, sendo que uma 224 XV Congresso Latino-Americano de Viticultura e Enologia / XIII Congresso Brasileiro de Viticultura e Enologia videira plantada em solos semelhantes pode apresentar algumas características diferenciadas dependendo do clima de cada região. Este experimento teve como objetivo verificar qual o sistema de poda que melhor adapta-se para a variedade Alicante Bouschet na região de Bagé, RS (Campanha Gaúcha). O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito, em vinhedo comercial situado no município de Bagé, RS, com latitude Sul 31°14’ e longitude Oeste 53°58’, e altitude na localidade de 376 m, sobre ‘Alicante Bouschet’ em porta-enxerto ‘Paulsen 1103’ ao longo do primeiro ciclo produtivo. Na poda de inverno (seca) foram realizados os seguintes tratamentos: T1 - Sistema de condução Guyot Duplo e, T2 - Sistema Royat (cordão esporonado). Avaliou-se no campo o número de cachos produzidos por tratamento; e no laboratório a qualidade das uvas recém colhidas, realizando análises do teor de sólidos solúveis totais - SS (°Brix), pH e acidez total titulável - AT (% ácido tartárico). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, utilizando quatro repetições, cada uma com cinco plantas, totalizando vinte plantas por tratamento. Observou-se que as videiras do tratamento T2 (cordão esporonado) apresentaram significativamente um maior número de cachos por planta em relação ao T1 (Guyot Duplo), sendo que os resultados obtidos nas análises laboratoriais para SS, pH e AT não diferiram estatisticamente entre os tratamentos. Preliminarmente conclui-se que no primeiro ano produtivo da videira ‘Alicante Bouschet’, o sistema de condução Royat (cordão esporonado) apresenta mais cachos por planta, porém a qualidade interna das bagas não é afetada pelos sistemas de condução testados (Guyot Duplo e Royat).

Apoio: Sitio São Xico


  • Características físico-químicas de vinhos ‘Cabernet Sauvignon’ tratadas em campo com fosfito de potássio

(Physical and chemical characteristics of wine ‘Cabernet Sauvignon’ treated in the field with potassium phosphite)

Almeida, F. C.¹ , Parisoto, P. P.¹ , Cham, J. F. L. C.¹ , Zigiotto, L.¹ , Gabbardo, M.¹ , Saavedra del Aguila, J.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


O presente trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas de mostos e vinhos elaborados a partir de uvas de vinhedo comercial ‘Cabernet Sauvignon’, clone italiano R5 sobre porta-enxerto ‘SO4’, tratadas com fosfito de potássio na fase de campo. O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão (NEPE²), da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito; em vinhedo comercial da cidade de Dom Pedrito, RS, Brasil. Os tratamentos nas videiras foram: T1 - controle (água destilada), T2 - Reforce® (1,5 L ha-1 )T3 - Yantra® (1,5 L ha-1 ) e, T4 - Fortaleza (1,5 L ha-1 ). Aplicaram-se quatro vezes os tratamentos anteriormente citados durante o desenvolvimento vegetativo das videiras. Após a colheita, foram realizadas microvinificações pelo método clássico de vinificação em tinto com as uvas de cada tratamento. Avaliou-se: sólidos solúveis totais - SS (°Brix), etanol, pH, acidez total, índice de folling, índice de polifenóis totais e potássio no mosto e no vinho. As análises físico-químicas foram feitas pela técnica de espectrometria de infravermelho transformada de Fourier (FTIR). O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições para cada tratamento, cada repetição foi composta de cinco plantas. O potássio foi o único componente que apresentou diferenças relevantes de concentrações nos mostos, provando que o fosfito de potássio é um adubo foliar que penetra na planta e no fruto. Dependendo da concentração em que está presente no fruto, poderá causar diminuição da cor e dificultar a estabilização tartárica dos vinhos. Observou-se que não houve diferenças significativas entre os tratamentos em relação a todas as variáveis respostas analisadas no vinho.

Apoio: Agrichem do Brasil S.A. e Viticultor, Sr. Adair Camponogara


Fitossanidade:


  • Uso de ácidos orgânicos e sulfato de magnésio na pré-colheita de uva ‘Cabernet Sauvignon’

(Use of organic acids and magnesium sulfate in grape pre-harvest ‘Cabernet Sauvignon’) Saavedra del Aguila, J.¹ , Mathias, L.¹ , Parisoto, P. P.¹ , Silva, E. N.¹ , Dachi, A. P. ¹, Triches, W. S.¹

Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: juanaguila@unipampa.edu.br


Resumo


A respiração consta de 4 etapas: Glicólise, Via Pentose Fosfato, Ciclo de Krebs e Cadeia de Transportes de Elétrons. Na Glicólise participa uma enzima denominada Fosfofrutoquinase, a qual é inibida por um decréscimo de pH. Conhece-se também que os ácidos orgânicos são substratos da respiração, além disto por causa das temperaturas elevadas do dia e da noite na região da Campanha Gaúcha, tem-se uma mais rápida e maior perda de acidez até o momento da colheita, principalmente por um aumento da respiração em função da temperatura elevada nesta época do ano (novembro a março). Neste sentido, o objetivo do presente trabalho, foi verificar o efeito da aplicação de diferentes ácidos orgânicos e sulfato de magnésio, na pré-colheita de videiras ‘Cabernet Sauvignon’ de quinze anos de idade, enxertada em ‘SO4’ e desenvolvidas na região de Dom Pedrito, RS, na intenção de preservar a acidez das bagas. O trabalho foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Enologia (NEPE²) da UNIPAMPA - Campus Dom Pedrito, em vinhedo comercial, localizado na cidade de Dom Pedrito, RS. Os tratamentos foram: T1 - água destilada (controle); T2 - ácido ascórbico (5.000 ppm); T3 - ácido cítrico (5.000 ppm); T4 - ácido salicílico (10 μm) e; T5 - sulfato de magnésio (5.000 ppm). Os tratamentos em toda a planta foram aplicados em 3 oportunidades em campo (dezembro, janeiro e fevereiro). Avaliou-se em laboratório: sólidos solúveis totais - SS (°Brix), pH, ácido tartárico e ácido málico (meq. L -1 ), açúcar redutor e teor de potássio. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições para cada tratamento, cada repetição constou de 5 plantas. Para as variáveis respostas SS, pH, ácidos málico e tartárico, não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos. Por outro lado, nos teores de açúcares redutores, os frutos dos tratamentos T3 e T4, foram significativamente superiores aos demais tratamentos. Já para os teores de potássio, os frutos dos tratamentos T4 e T5 foram os maiores.

Apoio: Viticultor, Sr. Adair Camponogara


Sensorialidade dos Produtos:

  • Inclusão de farinha integral de uva Chardonnay na elaboração de bolos - Análise sensorial

(Inclusion of Chardonnay grape integral flour in cakes preparing - Sensory analysis)

Dall Asta, F. D.¹, Dall Asta, M. F. S.¹, Back, I. M.¹, Águila, J. S.¹, Segabinazzi, L. R.¹

Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) - Curso de Bacharelado em Enologia - Campus Dom Pedrito. Rua Vinte e um de Abril, nº 80, Dom Pedrito, RS, Brasil, CEP 96450-000. E-mail: nandallasta@yahoo.com.br


Resumo


A vitivinicultura na Campanha Gaúcha é uma atividade em ascensão, e a uva e seus derivados ganham importância no mercado global. Entretanto, na vinificação surgem resíduos que podem ocasionar problemas ambientais pelo seu descarte inadequado, mas também podem ser uma alternativa de ganhos diretos (econômicos) e indiretos (ambientais). Sendo assim, objetivou-se estudar a substituição da farinha de trigo pela farinha de uva na elaboração de bolos sob o aspecto sensorial. Para a elaboração da farinha, utilizou-se uvas da cultivar ‘Chardonnay’ através do bagaço obtido da prensagem em prensa vertical. Este bagaço foi submetido à secagem em estufa a 65°C por 72 horas e triturado em um moinho tipo faca, a 1 mm. Todo o processo de elaboração foi desenvolvido na Universidade Federal do Pampa, Campus Dom Pedrito, RS. A formulação dos bolos seguiu uma receita tradicional com a substituição das farinhas de trigo por farinha de uva nos diferentes níveis: 0; 10; 20; 30 e 40%. Na análise sensorial, 75 julgadores realizaram testes de preferência e de aceitação, seguindo uma escala hedônica para cor, textura, sabor e aparência. Quanto à aceitação, concluiu-se que a substituição em qualquer um dos níveis mostrou média 7, ou seja, “gostaram moderadamente”. Este resultado foi muito similar ao apresentado pelo bolo controle (0%), que atingiu média 8, ou seja, “gostaram muito”. Quanto à textura, os julgadores salientaram a crocância apresentada pelos bolos com 30 e 40% de farinha de uva, e os relacionaram a um alimento dentro da linha integral. A coloração ficou mais escura à medida que aumentou o nível de substituição e muitos avaliadores associaram à “cor do mel” causando boa impressão. A aparência geral dos bolos satisfez os avaliadores e atingiu notas 7 e 8 em todos os níveis de substituição. Conclui-se que a substituição parcial da farinha de trigo pela farinha de uva na fabricação de bolos, é uma opção para a elaboração de alimentos das linhas integrais, pois além de ser uma alternativa de uso de resíduos vinícolas, mostram-se bem aceitos pelos consumidores.


  • Análise sensorial de iogurtes elaborados com subprodutos da indústria enológica

(Sensory analysis of yogurts produced from wine subproducts)

Dall Asta, F. S.¹, Back, I. M.¹, Gabbardo, M.¹, Saavedra del Aguila, J.¹, Segabinazzi, L. R.²

¹ Curso de Bacharelado em Enologia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). CEP 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. Email: nandallasta@yahoo.com.br.

² Curso de Bacharelado em Zootecnia, Campus Dom Pedrito, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Email: lucianesegabinazzi@unipampa.edu.br


Resumo


O iogurte é um alimento desenvolvido pela ação fermentativa de cultivos protosimbióticos de Streptococcus salivarius sub sp. thermophilus e Lactobacillus delbrueckii sub sp. bulgaricus, que reduzem o pH do leite e formam um gel com características marcantes. Na sua elaboração, são utilizados ingredientes não lácteos que melhoram a consistência, viscosidade, sabor e aroma. Aliado a isso, a inclusão de ingredientes que associam a elaboração de produtos naturais é bem vindo, e podem agregar valor ao alimento. Nesse sentido, objetivou-se com esse estudo avaliar as características sensoriais de iogurtes desenvolvidos com a adição de 1 g/L de farinha de bagaço de uva das cultivares ‘Pinotage’ e ‘Cabernet Sauvignon’, provenientes do processo de vinificação. O resíduo vitivinícola foi seco em estufa de ar forçado, a 65°C por 72 horas, e posteriormente, triturado em um moinho tipo Willey, a 1 mm. A farinha, juntamente ao açúcar, foi adicionada ao leite na fase inicial. Posteriormente, o produto foi aquecido até 85°C, e mantido por 20 min em banho termostatizado. Logo após, foi resfriado até atingir 40°C, para receber a cultura láctica. A análise sensorial foi baseada no teste de aceitação e composta por 45 julgadores que atribuíram notas segundo uma escala hedônica, de 1 a 9 pontos. Quanto à textura, os julgadores atribuíram melhores notas para o iogurte fabricado com a farinha de Pinotage, obtendo as médias 6,80 e 6,25, correspondendo a “gostei ligeiramente” e “gostei moderadamente”, respectivamente. Entretanto o iogurte com farinha de Cabernet Sauvignon foi o mais apreciado no quesito sabor, avaliado com médias 7,42 e 7,57, correspondendo a “gostei moderadamente” e “gostei muito”. Além disso, foi constatada a provável ação espessante da farinha de bagaço de uva na fabricação dos iogurtes, entretanto são necessários estudos mais precisos para tal afirmação. Conclui-se que a inclusão de farinha de bagaço de uva das variedades ‘Pinotage’ e ‘Cabernet Sauvignon’ na fabricação de iogurtes foi bem aceita pelos consumidores e pode vir a ser uma alternativa para o uso de subprodutos da indústria enológica na indústria de laticínios.

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